GNR - Biografia

Os GNR (sigla de Grupo Novo Rock) são uma banda de pop rock português formada no Porto, no início de 1981, por Alexandre Soares (voz e guitarra), Vitor Rua (guitarra) e Toli César Machado (bateria).

Actualmente a banda é formada por Toli César Machado (guitarra e teclas), Jorge Romão (baixo) e Rui Reininho (voz).

Foram uma das bandas resultantes do chamado Boom do Rock Português do início da década de 80.
Década de 1980
Ainda como banda de garagem os GNR ensaiavam, em 1980, numa pequena garagem em Francos na Rua Airosa. Os elementos iniciais do grupo eram Isabel Quina (vocalista) (que pouco tempo esteve na banda), Alexandre Soares (voz e guitarra), Vitor Rua (guitarra) e Toli César Machado (bateria). Pouco tempo depois entra Mano Zé (baixo) que já tinha tocado com Rui Veloso. Formam-se oficialmente no início de 1981.

Em Março de 1981 editam o seu primeiro trabalho discográfico, o single "Portugal na CEE",  tornando-se um grande sucesso com vendas superiores a 15.000 exemplares. Mano Zé deixa a banda sendo substituído por Miguel Megre (baixo) e lançam, em Outubro, o segundo single "Sê Um GNR" alcançando também sucesso de vendas. Em Setembro de 1981 Rui Reininho entra para a banda como vocalista, ficando Alexandre Soares apenas como guitarrista.5 A banda começa a experimentar outros estilos musicais, deixando de praticar o som rock dos anteriores registos discográficos.

Em 1982 os GNR editam o primeiro álbum "Independança"  que não teve sucesso de vendas. É extraído o single "Hardcore (1º Escalão)". A banda passa por alguns problemas internos e Miguel Megre sai. Em Agosto deste ano atuam no Festival de Vilar de Mouros. Pouco depois Vitor Rua deixa o grupo e entra Jorge Romão (baixo).

Em Junho de 1983 lançam o máxi single de originais "Twistarte".  Entra para a banda Manuel Ribeiro (teclas).

Em Outubro de 1984 editam o álbum "Defeitos Especiais", que os leva a uma digressão por Espanha e França. É extraído "I Don´t Fell Funky (Anymore)" em formato máxi single.

"Os Homens Não Se Querem Bonitos" é editado em Julho de 1985, obtendo sucesso imediato com os temas "Dunas" e "Sete Naves". Dá-se a consagração definitiva da banda, elevando-a um nível de popularidade bastante considerável. 9 Tornam a descolar-se a Espanha e França.

Em Setembro de 1986 lançam "Psicopátria"  que atinge o galardão Disco de Prata graças a temas como "Efectivamente", "Pós Modernos" e "Bellevue". Em plena crise de identidade do rock português, os GNR superaram as melhores expectativas dando novo alento à cena musical portuguesa. Alexandre Soares deixa a banda entrando para o seu lugar Zézé Garcia (guitarra).

No mês de Janeiro de 1988 os GNR lançam o máxi single de originais "Vídeo Maria", que causou alguma polémica social.

Em 1989 o álbum "Valsa dos Detectives" confirmou a popularidade do grupo com os êxitos "Impressões Digitais" e "Morte ao Sol".  O estilo pop rock era agora uma certeza da banda, depois de outras experimentações sonoras ensaiadas durante o seu crescimento.

O livro "Afectivamente GNR" de Luís Maio é editado em Setembro de 1989.

Década de 1990
Nos dias 30 de Abril e de Maio de 1990 esgotam o Coliseu de Lisboa na gravação de "In Vivo" o primeiro álbum ao vivo da banda, envolvido em polémica. A querela jurídica com Vítor Rua, obrigou à retirada da primeira edição do disco, para ser reeditado posteriormente, já sem temas da sua autoria.  Atingiu o galardão Disco de Platina.

O ano de 1992 marcou o auge da banda em termos comerciais com "Rock In Rio Douro". Os duetos com Javier Andreu e Isabel Silvestre em "Sangue Oculto" e "Pronúncia do Norte", respetivamente, contribuíram para o enorme sucesso do álbum e para os memoráveis concertos no Estádio José Alvalade. Pela primeira vez uma banda portuguesa consegue encher um estádio de futebol com 40 000 espectadores. O disco vendeu 94 mil cópias e esteve 38 semanas no top nacional, atingindo o galardão de 4 Discos de Platina. Verifica-se neste álbum um regresso à sonoridade rock. Os GNR tinham atingido o seu apogeu comercial. 18

Em 1994 são convidados a participarem na compilação Filhos da Madrugada de homenagem a José Afonso, com a versão "Coro dos Tribunais". A 30 de Junho é realizado um concerto no Estádio José Alvalade com a participação dos GNR e das restantes bandas presentes nesta compilação.19 Ainda neste ano lançam um novo álbum de originais "Sob Escuta" sendo o tema mais marcante o single "+ Vale Nunca". O guitarrista de flamenco Vicente Amigo é convidado a participar em "Lovenita". 20 Zézé Garcia sai do grupo e entra Alexandre Manaia (guitarra).

Em 1996 celebram 15 anos e editam a sua primeira colectânea em duplo CD "Tudo O Que Você Queria Ouvir - O Melhor Dos GNR" que incluiu três inéditos. São extraídos dois singles: "Dunas" e "Corpos" originalmente gravado na compilação "A Cantar Con Xabarín" da TV Galiza.

Regressam aos originais, em 1998, com o álbum "Mosquito", obtendo os êxitos "Tirana", "Saliva" e "Mosquito".

A 1 de Março de 1999 tocam ao vivo através da Internet, numa iniciativa inédita. Ainda neste ano são nomeados, na categoria de Banda do Ano, para a edição de 1999 dos Globos de Ouro da estação televisiva SIC.  Neste ano de 1999 são convidados a participarem no álbum XX Anos XX Bandas de tributo aos Xutos & Pontapés com a versão "Quando Eu Morrer". Ainda neste ano, o álbum de 1985 "Os Homens Não Se Querem Bonitos" é reeditado em CD.

Década de 2000
Em 2000 editam "Popless" cujos tema mais mediático é "Popless" com videoclip censurado na televisão portuguesa. Saíram os singles "Bem Vindo ao Passado", "Digital Gaia" e "Asas (Eléctricas)", este, integrado na banda sonora do filme português Amo-te Teresa.

A segunda colectânea "Câmara Lenta - 16 Slows Do Melhor GNR - Vol.2" é lançada em Fevereiro de 2002,  reunindo as baladas mais emblemáticas da carreira da banda. Inclui dois inéditos: "Vocês" e "Nunca Mais Digas Adeus". Este álbum obtém grande sucesso chegando a nº 1 do top nacional de vendas. No final deste ano, chega às lojas o álbum de originais "Do Lado Dos Cisnes", registando-se apenas um êxito relativo "Sexta-Feira (um seu Criado)". O single extraído é "Morrer em Português".

Em 2003 gravam em single uma versão acústica de "Canadádá", tema do álbum "Do Lado dos Cisnes", com a participação de Paulinho Moska.  Neste ano a editora EMI lança o duplo CD "Rock In Rio Douro - Popless" recuperando estes dois álbuns.

Em 2006 os GNR comemoram 25 de carreira. Em Março é lançado um álbum de tributo ao grupo "Revistados 25-06" com temas que já fazem parte da nossa memória colectiva interpretados por nomes do hip hop, reggae e R&B nacional: NBC, Virgul (Da Weasel), Expensive Soul, Melo D, Guardiões do Subsolo, entre outros. 31 Na continuação dos festejos a banda lança a colectânea "O Melhor dos GNR - ContinuAcção - Vol.3", em duplo CD, contendo o inédito "Continuação" e uma versão de "Quero Que Vá Tudo Pró Inferno" original de Roberto Carlos. 32 A banda portuense teve um ano em cheio actuando no Rock-in-Rio Lisboa e nos coliseus do Porto e de Lisboa.

Em 2007 é reeditado em duplo CD o álbum "Independança" de 1982, celebrando os 25 anos do lançamento, com sete temas extra.

Em 2008, uma super produção marca a carreira da banda: os GNR sobem ao palco do Pavilhão Atlântico com a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana no dia 18 de Abril. É finalmente encerrada a polémica entre a banda e esta instituição militar por causa do nome em comum, realizando um concerto memorável sob direcção do Tenente Coronel Jacinto Montezo.34 Outra colectânea, "Grandes Êxitos - GNR", é editada em 2008 sob o selo da EMI Gold com temas do início da carreira da banda.

Década de 2010
O décimo primeiro álbum de originais "Retropolitana" é lançado em Junho de 2010. 36 O single extraído é "Reis do Roque".

Em 2011 os GNR comemoram 30 anos de atividade. É marcado por várias edições discográficas:

"Defeitos Especiais", LP de 1984, é reeditado em CD.

"BD Pop Rock Português - GNR" composto por Livro+CD é editado pela EMI e a Tugaland. Trata-se da história das melhores bandas do pop rock português desenhadas pelos mais prestigiados ilustradores portugueses, acompanhado por uma colectânea dos temas mais marcantes.

"GNR ‎– Bandas Míticas" colectânea editada pela EMI e Levoir. Edição limitada do jornal Correio da Manhã que disponibiliza aos seus leitores uma colecção inédita, com direcção editorial de David Ferreira, sobre 20 bandas que marcaram os últimos 50 anos da história da música portuguesa.

"Voos Domésticos" colectânea com músicas já conhecidas mas com novas roupagens, que celebra os 30 anos de atividade dos GNR. 42 43 O single extraído é "Cais".

"GNR - Colecção 1981-2011" mais uma colectânea da EMI.

"30 Anos GNR - Manobras 1981-2011" trata-se do primeiro DVD editado pela banda que inclui imagens de concertos, entrevistas aos membros do grupo e telediscos dos temas mais conhecidos.

Alguns dos álbuns referidos anteriormente preenchiam a box: "Colecção GNR - 30 anos do melhor Rock" composta por 12 CDs e um DVD, com edição limitada do Diário de Notícias e Jornal de Notícias.

Em 2012 lançam uma nova colectânea "Concentrado - O Melhor dos GNR"

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